Tudo que você precisa saber antes de comprar colírio ou usar o seu.
Se você está pensando em comprar colírio ou usar o seu nos olhos, responde primeiro: ele foi prescrito por um oftalmologista?
Se não, nossa recomendação é que você leia este artigo inteiro antes de fazer isso.
Usar colírio de forma indiscriminada pode provocar uma série de problemas oculares – como glaucoma e catarata, por exemplo. Pode levar à cegueira. E até desencadear complicações em outras partes do corpo, como o coração.
Para que você não corra esses e outros riscos, continue lendo este artigo que nós, da Oftalmo Day, preparamos. E saiba:
- O que é o colírio e para que ele serve?
- Quais os tipos de colírios?
- Quais os principais problemas que a automedicação de um colírio provoca?
- Como usar o colírio de forma adequada?
O que é colírio e para que ele serve?
A primeira coisa que precisa ser lembrada é que o colírio é um medicamento.
Por isso, ele só deve ser usado se o seu oftalmologista indicar, na dosagem que ele definir e pelo tempo que ele orientar que é necessário para o seu caso.
Entre outras funções, esse líquido de uso tópico ajuda a melhorar a lubrificação dos olhos, redus sintomas de desconfortos oculares e eliminar bactérias.
E costuma ser prescrito para vários tipos de problemas, como:
- Coceira
- Irritação
- Ressecamento
- Alergia
- Conjuntivite
- Diferentes tipos de inflamações e infecções na vista
Mas não custa reforçar: sem o acompanhamento médico, ele pode mascarar sintomas em vez de tratar. Além de prejudicar de várias formas a sua saúde.
Outro ponto que merece atenção: se você é mulher e tem o costume de aplicar umas gotinhas de colírio para realçar a maquiagem, busque uma solução alternativa.
Quais os tipos de colírios?
Existem diferentes tipos de colírios para cada necessidade. Veja abaixo:
- Colírios lubrificantes
Servem para limpar e manter a umidade necessária nos olhos. Normalmente são recomendados em casos de síndrome do olho seco, irritação, ardência, coceira e também para quem usa lentes de contato.
- Colírios antibióticos
Atacam as conjuntivites bacterianas (infecções provocadas por bactérias nos olhos). É normal que sejam associados a anti-inflamatórios.
- Colírios anti-inflamatórios
Como o próprio nome diz, diminuem a inflamação nos olhos. São especialmente indicados nos pós-cirúrgicos e também nos tratamentos de conjuntivite viral, crônica e ceratite.
- Colírios antialérgicos
Aliviam os sintomas da conjuntivite alérgica, que são vermelhidão, irritação, coceira, lacrimejamento e inchaço.
- Colírios anestésicos
Também não é difícil entender sua função. Eles diminuem a dor e a sensibilidade nos olhos. Em geral são aplicados pelo próprio médico antes de procedimentos, como medição da pressão ocular, raspagem do olho e outros.
- Colírios descongestionantes
São vasoconstritores e contraindicados para quem tem glaucoma ou quem usa remédio inibidor da monoamina oxidase. São usados para descongestionar e lubrificar os olhos, minimizando sintomas oculares leves e comuns nos casos de resfriados, rinites, presença de corpos estranhos ou contato com poeira, fumaça, sol e água do mar ou da piscina.
- Colírios antiglaucomatosos
Esses são exclusivamente receitados para diminuir a pressão sanguínea nos olhos de quem tem glaucoma. Seu uso deve ser diário, mas acompanhado de perto pelo oftalmologista. São fundamentais para controlar o quadro e evitar a cegueira.
Quais os principais problemas que a automedicação de um colírio provoca?
Por mais inofensivo que os colírios possam parecer, é possível que eles causem uma série de complicações, quando usados sem a orientação médica.
Até mesmo os lubrificantes, com menos efeitos colaterais, podem gerar um quadro de conjuntivite alérgica e também intoxicação nos olhos.
Os vasoconstritores chegam a comprometer o coração, além de elevar a pressão arterial. E mais dois problemas: eles podem mascarar sintomas simples que deveriam ser investigados, além de antecipar o desenvolvimento da catarata.
Bastante perigosos quando automedicados por um longo período, os que têm corticoide colaboram para o surgimento da catarata e do glaucoma.
Já os que têm a função antibiótica– se aplicados indiscriminadamente e por muito tempo – acabam aumentando a resistência das bactérias e dificultando o tratamento.
E a lista continua.
Se você tem asma, por exemplo, e resolve pingar um colírio para glaucoma, isso pode desencadear uma crise típica com tosse, falta de ar, chiado e aperto no peito. Outros efeitos colaterais deste produto são: sonolência e taquicardia.
E, por fim, o anestésico chega a perfurar a córnea, se usado de forma excessiva.
Como usar colírio de forma adequada?
Primeiro você precisa seguir a orientação básica, que é o tema deste artigo. Ou seja: colírio, só com recomendação médica.
Além disso, veja alguns cuidados que também são importantes.
- Na hora da aplicação, deite-se ou recline a cabeça para trás.
- Com as mãos devidamente higienizadas, puxe com delicadeza sua pálpebra inferior para pingar as gotinhas recomendadas (observação: o líquido deve cair sobre a bolsa vermelha que temos nessa região).
- Em seguida, feche os olhos por uns minutinhos para que o remédio seja bem absorvido.
- Evite ficar piscando sem parar logo depois de pingar as gotinhas. Isso ajuda na absorção e diminui as chances de o líquido escorrer para fora.
- Dica útil: use seu dedo indicador para tampar o ducto lacrimal. Assim você dificulta a penetração do colírio no seu organismo.
- Nunca aplique o produto fora da validade. Depois que o prazo expira, a tendência é que ele comece a ficar com bactérias.
- Caso precise de mais de um colírio, aguarde, pelo menos 10 minutos entre eles.
- Se você é usuário de lentes de contato, opte por colírios sem conservantes.
- Nunca compartilhe seu frasco com outras pessoas.
Dica final
Atitudes simples como essas fazem toda a diferença para a saúde ocular.
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